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O que é o Hizbollah?

Uma ‘milícia’ ou um exército terrorista de extermínio?

Historical and Investigative Research - 22 de julho de 2006
por Francisco Gil-White

http://www.hirhome.com/israel/hezbollah2_pt.htm

[ translation: Alexandre Eisenberg ]

   
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É muito comum encontrar na imprensa de língua inglesa o termo “Hezbollah militia” (milícia Hizbollah). Ao buscar este termo numa base de dados que inclui entradas dos mais importantes jornais nos últimos sete dias, encontrei mais ocorrências deste termo do que “Hezbollah terrorist”, o que pode levar muitos leitores a pensar que não há uma definição precisa do que seja o Hizbollah. O presente artigo visa mostrar que sim há uma definição precisa do que seja o Hizbollah. O Hizbollah não é uma ‘milícia’.

Susan Taylor Martin publicou um artigo sobre o Hizbollah no St. Petersburg Times, que me parece útil. Ela escreveu que...

[citando o St. Petersburg Times]

“Terminada a terrível guerra civil libanesa em 1990, o centro de Beirute passou por uma explosão imobiliária que ajudou a restaurar a imagem da cidade como a ‘Paris do Oriente Médio’. Hoje, a Beirut conhecida por meu intérprete e muitos outros libaneses abastados é a cidade dos hotéis de luxo, lojas de departamentos, carros modernos e restaurantes chiques.

Boa parte do crédito pela transformação da cidade é devido a Rafik Hariri, um empresário sunita que começou sua carreira no ramo de construção na Arábia Saudita e depois voltou para seu país para tornar-se um dos mais ricos e influentes cidadãos do Líbano. Foi duas vezes primeiro-ministro, ocasião em que aproveitou para ajudar amigos e parentes, dizem seus críticos, enquanto deixava para trás os xiítas que habitavam as favelas do sul de Beirute e as vilas do sul do Líbano, próximas à fronteira israelense.

Foi aproveitando-se desse vácuo deixado pelo governo que o Hizbollah entrou em cena, construindo escolas, clínicas médicas e uma base de apoio entre os xiítas do país... A organização possui hoje 14 cadeiras no parlamento libanês e, em conjunto com o Amal -- um outro partido xiíta -- controla cerca de um terço do gabinete.

É em parte por isto que será difícil para o governo libanês desarmar o Hizbollah, já que o Hizbollah compõe parte substancial do próprio governo”.[1] (nossa ênfase)

[fim da citação do St. Petersburg Times]

Como vimos no artigo anterior,[2] quem realmente comanda o Líbano é a Síria, e o Hizbollah nada mais é que um cão de ataque da Síria. Portanto, o Hizbollah tende a crescer muito dentro do Estado libanês e logo tomará o governo por completo.

Qual será o resultado da hizbollificação do Líbano? Eis uma dica, também do St. Petersburg Times, do que o Hizbollah anda fazendo no Líbano:

[citando o St. Petersburg Times]

“Quando estive no Líbano no ano passado, entrevistei um dos líderes do Hizbollah, a organização radical xiíta que seqüestrou dois soldados israelenses esta semana.

...À medida que nos aproximávamos do quartel-general do Hizbollah, no sul de Beirut, onde moram centenas de milhares de xiítas pobres, as ruas ficavam mais cheias de gente, os edifícios maltratados, as mulheres se vestiam tão modestamente que muitas chegavam a usar as abayas negras estilo iraniano e as cabeças cobertas.

Nossa intérprete, olhos arregalados diante da cena que se apresentava, confessou: embora fosse natural de Beirute, nunca tinha visitado aquela parte da cidade.

‘Não fazia a menor idéia’, ela repetia”.

[fim de citação do St. Petersburg Times]

Na verdade não são somente as “abayas negras” o que ali tem em “estilo iraniano”. O Hizbollah se diz “inspirado pelo sucesso da Revolução Iraniana”, a qual transformou o Irã numa teocracia islâmica, terrorista e totalitária.[3]

Agora notem como isto é interessante. A elite governante da Síria é muçulmana alawita; o governo sírio é dominado pelo partido secular baathista; e Hizbollah -- segundo a inteligência americana[4] -- é muçulmana xiíta. Ora, sendo o Hizbollah um cão de ataque da Síria, é mister perguntar: por que a Síria investe na criação de um Estado terrorista xiíta, estilo iraniano, no Líbano?


Esclarecendo a aparente contradição
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O St. Petersburg Times explica que...

“Embora tenha estendido seus tentáculos à política e aos serviços sociais, o Hizbollah jamais abandonou sua razão de ser, qual seja, a destruição de Israel...”[5]

Humm…

Parece, portanto, que podemos, sem maiores problemas, concluir o seguinte: se a razão de ser do Hizbollah -- aquilo para o qual foi criado -- é “a destruição de Israel”, então a islamização radical do Líbano é fundamental para a meta final do Hizbollah. Em outras palavras, é preciso fanatizar os xiítas libaneses segundo os preceitos do Islã radical para que eles concordem em matar judeus. As escolas e serviços sociais nada mais são que uma bela fachada onde se produz a lavagem cerebral necessária para impingir àquelas pessoas uma terrível ideologia (semelhante à estratégia do Hamas).

Mais adiante no mesmo artigo, somos informados por “Kenneth Stein, professor de estudos do Oriente Médio e Israel da Universidade Emery”, de que...

“O Hizbollah não pretende desarmar-se. O que seria do Hizbollah se não pudesse usar de força para perpetuar sua luta pela destruição do Estado de Israel? Pretende tornar-se apenas um partido político no parlamento libanês? A resposta é não”.

“O que seria do Hizbollah se não pudesse... perpetuar sua luta pela destruição do Estado de Israel?” A pergunta é retórica. Para Stein é óbvio que seria intolerável para o Hizbollah viver num mundo em que o Hizbollah não pudesse destruir Israel -- situação em que as atividades políticas do Hizbollah perderiam qualquer sentido. Ora, acrescendo-se a isto o fato de que a razão de ser oficial,‘educada’, do Hizbollah é inteiramente baseada em falsificações (conforme já demonstramos[6]), somos levados a concluir que o único objetivo-missão do Hizbollah é de fato a destruição de Israel.

A saudação do Hizbollah não lembra a dos nazistas?

Na política interna libanesa, a meta do Hizbollah é derrotar as forças políticas que desejam a paz com Israel. No ano passado, o jornal Boston Globe citou  uma fala de “Elias Zoghby, um alto oficial do Movimento Patriótico Livre, um grupo majoritariamente cristão organizado pelo general Michel Aoun”, que disse: “nós temos o direito de fazer a paz, se for este o desejo da maioria dos libaneses”. Mas o mesmo artigo dizia que...

“O Hizbollah ... [organizou] uma enorme passeata, reunindo, segundo a imprensa local e residentes, de 100.000 a 200.000 pessoas...

Os discursantes referiram-se aos libaneses que queriam o fim da presença síria no país e o desarmamento de todas as forças com exceção do exército nacional e da polícia como ‘fantoches de estrangeiros’. ‘Precisamos de somente uma voz que clame: morte à América! Morte a Israel! Um dos organizadores, no início da passeata, gritava da plataforma suspensa cantos ritmados: ‘Morte à América! Morte a Israel!’”[7]

O Hizbollah, que admite abertamente serem um fantoche da Síria, acusa os cidadãos libaneses que desejam se ver livres dos sírios de... o quê? “Fantoches de estrangeiros”. Não é engraçado? O que não é nada engraçado é que a plataforma do Hizbollah seja literalmente a destruição de um país (ou de dois países).

Agora leiamos um dos trechos citados acima sem cortes:

“Embora tenha estendido seus tentáculos à política e aos serviços sociais, o Hizbollah jamais abandonou sua razão de ser, ou seja, a destruição de Israel. Para tanto, tem sido sustentado pelo Irã, um país xiíta que tem enviado milhões de dólares e toneladas de armamentos ao Líbano através da Síria”. (nossa ênfase)

Humm...

Seria então o Hizbollah no final das contas um fantoche do Irã? Sim. Na verdade,

“Cerca de 3000 soldados da Guarda Revolucionária [Iraniana] foram enviados ao Líbano em 1982 para ajudar a combater o exército israelense que tinha invadido aquele país nesse mesmo ano para de lá expulsar os guerrilheiros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Desde então, os guardas revolucionários ficaram no Líbano. Em 1983 eles formaram o Hizbollah (Partido de Deus) e começaram a treinar e armar jovens xiítas”.[8]

Ora, não é o Irã, assim como o Líbano, um país de maioria xiíta? Sim, é. E não foi o presidente da teocracia xiíta iraniana, assim como faz o Hizbollah libanês, quem disse que Israel deveria ser “varrido do mapa”? Sim, foi.[9]

Agora tudo se encaixa. Especialmente ao se considerar que o país que fica entre a Síria e o Irã -- o Iraque -- é um país de maioria xiíta onde a influência do Irã se tornou decisiva graças à guerra de George Bush no Iraque (a qual, conforme demonstramos em outro artigo, foi levada a cabo justamente com o objetivo de expandir a influência iraniana).[10] Os terroristas islâmicos que controlam o Irã já podem estender os seus tentáculos venenosos numa faixa ao norte, em torno da Jordânia, para atacar Israel pelo Líbano. O Hizbollah é o aguilhão na ponta do ferrão.

O leitor talvez lembre, do artigo anterior, que quando um microfone captou o presidente americano George Bush dizendo ao primeiro-ministro britânico Tony Blair que “olha só, a... questão é que o que eles têm que fazer é mandar a Síria dizer ao Hizbollah para parar com essa merda e assim acaba o problema”, não sabíamos quem eram os ‘eles’ de Bush. Segundo o Times de Londres, houve um razoável consenso de que ‘eles’ seriam a Rússia”.[11] A nosso ver, a razão pela qual o Times fez tal afirmação foi para que não percebêssemos o óbvio, a saber, que Bush e Blair se referiam ao Irã.

Na verdade, parece que o Hizbollah vinha sendo preparado para um poderoso ataque contra Israel enquanto o público israelense vinha sendo anestesiado pelo suposto processo de ‘paz’ nos territórios. Conforme o St. Petersburg Times,

“...os iranianos participaram diretamente na construção de uma impressionante rede de torres de controle e estações de monitoramento ao longo da fronteira [libanesa] com Israel. Foi assim que o Hizbollah foi capaz de planejar a audaciosa operação de rapto dos soldados israelenses”.[12]

E o St. Petersburg Times explica:

“O Hizbollah é mais bem armado e muito mais sofisticado militarmente que o Hamas e outros grupos palestinos. Enquanto os palestinos ainda usam os nada certeiros foguetes Qassam, um míssil do Hizbollah atingiu Haifa, a terceira maior cidade de Israel, na quinta-feira, e vários foguetes caíram sobre o norte de Israel, matando dois e ferindo pelo menos 120”.[13]

O Hizbollah não é uma ‘milícia’. É o exército terrorista de extermínio do Irã. Mas por que estaria a Síria colaborando tão efusivamente, a ponto de assumir o papel de patrão do Hizbollah? Porque a elite governante da Síria também deseja exterminar o povo judeu.[14]

Parece, no entanto, que o Hizbollah fez um ataque prematuro, trazendo assim problemas para a política genocida de seus über-patrocinadores. Isto não é inteiramente surpreendente, já que não é nada fácil organizar um processo político bem feito quando sua arma é uma matilha de cães raivosos. Quando enfurecidos e ansiosos, podem arrebentar as coleiras, o que parece ser justamente o que acaba de acontecer.

O próximo artigo nesta série abordará essa hipótese.

 Conduza-me ao

próximo artigo

desta série.

     Israel at War -- An HIR Series  


< Quem Atacou Israel?

< O que é o Hizbollah?

< O que causou esta guerra?

< Compreendendo a posição dos EUA | 1

< Compreendendo a posição dos EUA | 2

< A reação árabe e o que ela significa

< Quem está matando os civis libaneses? | 1

< Quem está matando os civis libaneses? | 2

< O Que Há de Errado com Os Meios de Comunicação? | 1

< O Que Há de Errado com Os Meios de Comunicação? | 2

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Notas de Rodapé e Leituras Adicionais
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[1] Hezbollah's grip will be tough to break,  St. Petersburg Times (Florida), July 14, 2006 Friday,  0 Edition, NATIONAL; Pg. 10A, 947 words, SUSAN TAYLOR MARTIN SENIOR CORRESPONDENT 

[2] QUEM ATACOU ISRAEL?; Historical and Investigative Research; 21 de julho de 2006; por Francisco Gil-White
http://www.hirhome.com/israel/hezbollah_pt.htm

[3] Hezbollah | From Wikipedia, the free encyclopedia.
http://en.wikipedia.org/wiki/Hezbollah

[5] Hezbollah's grip will be tough to break,  St. Petersburg Times (Florida), July 14, 2006 Friday,  0 Edition, NATIONAL; Pg. 10A, 947 words, SUSAN TAYLOR MARTIN SENIOR CORRESPONDENT 

[6] QUEM ATACOU ISRAEL?; Historical and Investigative Research; 21 de julho de 2006; por Francisco Gil-White
http://www.hirhome.com/israel/hezbollah_pt.htm

[7] HEZBOLLAH ROLE AT ISSUE IN LEBANON, The Boston Globe, March 20, 2005, Sunday, THIRD EDITION, Pg. A20, 1620 words, By Charles A. Radin, Globe Staff 

[8] Iran to withdraw revolutionary guards from Lebanon, Xinhua General News Service, OCTOBER 12, 1991, SATURDAY, 358 words, beirut, october 12; ITEM NO: 1012177

[9] “the Iranian President [called] for Israel to be 'wiped off the map'...”

FONTE: BLAIR CONSIDERS UN SANCTIONS AS HE SPEAKS OF 'REVULSION' AT IRANIAN PRESIDENT'S SPEECH, The Independent (London), October 28, 2005, Friday, Final Edition; NEWS; Pg. 5, 745 words, BY ANNE PENKETH AND COLIN BROWN

[10] “BUSH JR.'S WAR ON IRAQ: A general introduction”; Historical and Investigative Research; 1 December 2005; by Francisco Gil-White.
http://www.hirhome.com/iraniraq/iraq-general-intro.htm

[11] U.S. president's profanity heard around the world: Candid talk between Bush, Blair picked up by microphone at G8, Ottawa Citizen, July 18, 2006 Tuesday, Final Edition, NEWS; Pg. A5, 535 words, Philip Webster, The Times, London; with files from Citizen News Services, ST. PETERSBURG, Russia

[12] "Israeli crisis is a smoke screen for Iran's nuclear ambitions
By Con Coughlin"; Telegraph; 14 July 2006; by Con Coughlin.
http://www.telegraph.co.uk/opinion/main.jhtml?
xml=/opinion/2006/07/14/do1401.xml

[13] Hezbollah's grip will be tough to break,  St. Petersburg Times (Florida), July 14, 2006 Friday,  0 Edition, NATIONAL; Pg. 10A, 947 words, SUSAN TAYLOR MARTIN SENIOR CORRESPONDENT

[14] QUEM ATACOU ISRAEL?; Historical and Investigative Research; 21 de julho de 2006; por Francisco Gil-White.
http://www.hirhome.com/israel/hezbollah_pt.htm

[15] FROM WND'S JERUSALEM BUREAU: "Palestinian terrorists
prepare to target U.S.; Al Aqsa Brigades leader tells WND of threat
amid concerns of Hezbollah on American soil"; July 21, 2006
10:23 a.m. Eastern; By Aaron Klein
http://www.worldnetdaily.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=51170
 


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Bandeira do Hizbollah.
 
 

ISRAEL EM GUERRA

Uma série do HIR
 


< Quem Atacou Israel?

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< Quem está matando os civis libaneses? | 2

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< O Que Há de Errado com Os Meios de Comunicação? | 2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"O Hizbollah nunca atacou o território nacional dos EUA, mas, até antes dos ataques da Al-Qaeda de 11/09/2001, tinha sido responsável por mais mortes de norte-americanos que qualquer outro grupo terrorista.

O Hizbollah foi responsabilizado por um ataque à embaixada dos EUA no Líbano que matou 63 pessoas, bem como uma série de seqüestros e assassinatos de norte-americanos no Líbano. O pior ataque do Hizbollah contra norte-americanos foi o bombardeio de um acampamento de marinheiros dos EUA em 1983, que resultou na morte de 241 deles”.
[15]


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Emblema da Guarda Revolucionária Islâmica Iraniana (compare com a bandeira do Hizbollah mais acima).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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